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Alphaville

Divididos entre cidades, residenciais têm gestão própria

Raquel Cunha/Folhapress
Vista da avenida Alphaville, em Barueri
Vista da avenida Alphaville, em Barueri

Tanto os condomínios horizontais de Alphaville quanto os de Tamboré estão fincados entre as cidades de Barueri e Santana de Parnaíba, a aproximadamente 30 km do centro de SP. Os moradores, para sobreviver nesse terreno fronteiriço, têm que arregaçar as mangas.

As prefeituras de ambas as cidades afirmam não interferir na gestão dos residenciais, que é conduzida internamente. Cada um elege uma diretoria em votação periódica.

Mais prefeitos que síndicos, os presidentes das sociedades de moradores cuidam de assuntos que vão da limpeza das vias à organização de eventos culturais.

A segurança do condomínio é a primeira preocupação de Marco Guilhermino, 49, presidente da Sociedade Residencial Tamboré 3.

Segundo ele, gasta-se mensalmente cerca de R$ 1 milhão com medidas que incluem câmeras infravermelhas nas matas das redondezas.

"Viemos para cá porque tinha aquele conceito de tranquilidade, de cidade do interior. Quando vimos que isso se perdeu, passamos a atuar com mais força," conta.

Guilhermino aponta que os condôminos recorrem à Guarda Municipal de Santana de Parnaíba só em casos graves e se lembra de situações curiosas, como o descompasso na poda das moitas do canteiro central do residencial.

É comum que uma parte seja cortada e outra permaneça alta –tudo porque ali é a divisa das jurisdições das duas prefeituras.

A coordenadoria regional de Santana de Parnaíba confirma que os funcionários só atuam até o limite da cidade.

O locutor esportivo Silvio Luiz, 81, presidente da Sociedade Alphaville Residencial 10, reitera o desgaste de se gerir um grupo de mais de 2.000 moradores. "O difícil é lidar com os caras que não entendem que isso aqui é uma empresa sem fins lucrativos."

Ele diz estar tentando aumentar a eficiência da administração, que é engessada pela dependência de aprovação de um conselho que se reúne quatro vezes por ano.

Mas já conseguiu fazer algumas boas jogadas. Inspirado pelo futebol, decidiu tornar obrigatório para todo prestador de serviço o uso de um colete colorido com um número nas costas. Fica mais fácil penalizar quem faz falta –ele cita o caso recente de um passeador de cachorros que não catava os dejetos do animal.

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