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Interior

Construtoras disputam universitários do interior com repúblicas

O número crescente de estudantes nas universidades do interior paulista despertou o apetite das incorporadoras e já é possível observar a construção de imóveis especialmente destinados a universitários.

De acordo com o professor de Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Lauro Luiz Francisco Filho, há uma profusão de lançamentos no entorno da instituição.

"Até pouco tempo, estudantes ocupavam casas grandes, as repúblicas, onde moravam dez, 12, até 20 pessoas. Hoje, muitos deles moram em novas quitinetes. É um público grande de jovens que vem de outras cidades e tem um poder aquisitivo alto", diz.

Mariana Lima, coordenadora de marketing da construtora PDG Realty, confirma o movimento. Ela afirma que a empresa já lançou empreendimentos direcionados a esse público em Campinas e em Ribeirão Preto.

"São apartamentos pequenos, equipados conforme as necessidades dos jovens e, sobretudo, com fácil acesso às faculdades", afirma.

O perfil de comprador, no entanto, varia. O lançamento de Campinas oferecia boas condições de pagamento à vista para atrair investidores com a intenção de alugar os imóveis a universitários.

Já em Ribeirão, houve grande interesse de pessoas cujos filhos iam estudar na cidade. "Nesse caso, o apartamento se torna também um ponto de apoio para a família no principal polo da região", diz Lima.

A incorporadora Patriani é outra que visou o público universitário ao lançar o Spettacolo Patriani, em Sorocaba, com imóveis de um dormitório e 50 m² de área útil.

O diretor da empresa, Bruno Patriani, diz que esse nicho havia sido pouco explorado na cidade, e que foi expressivo o número de investidores interessados.

MEU ESPAÇO

Para quem já viveu em república, a diferença é considerável. O estudante de engenharia da computação da Unicamp, Vitor Arrais, 25, viveu numa república com mais dez pessoas nos três primeiros anos do curso. Há dois anos, divide um imóvel de dois quartos com o irmão.

"Era meio bagunçado e eu estudava pouco. Ainda comecei a namorar e queria mais privacidade." Ele paga R$ 200 a mais pelo aluguel, mas diz valer a pena.

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