Em um quadrilátero com menos de quatro quilômetros, na entrada de Osasco, se espremem três shoppings: Plaza, SuperShopping e União -além do Continental, já em São Paulo.

Todos se localizam perto da linha de trem e recebem, diariamente, uma leva de paulistanos, principalmente moradores de bairros da zona oeste de São Paulo, como Jaguaré e Butantã.

O advogado e morador do Butantã Rubens Nepomuceno, 52, é um deles. Ele frequenta o SuperShopping -e não o Shopping Eldorado ou Butantã-, segundo ele, pela tranquilidade. "É diferente dos de São Paulo. Lá você vai no fim de semana e não consegue nem andar."

Segundo o superintendente do centro comercial, Maurício Taufik, aproximadamente um terço das pessoas que visitam o local vive em São Paulo ou em cidades vizinhas. "O shopping também ajuda a atrair novos investimentos imobiliários para a região. Existe um volume bem grande de apartamentos que devem ser concluídos nos próximos anos", diz.

Para o superintendente do Osasco Plaza Shopping, David Rocha, o número de centros comerciais na cidade é exagerado. "Três shoppings em uma extensão de mais ou menos três quilômetros é algo complicado, acaba não tendo demanda suficiente."

A concentração dos centros comerciais também é um problema para quem mora na periferia. "Nas regiões mais afastadas da cidade existe bastante comércio, mas não temos nenhum shopping", afirma o presidente da Associação dos Moradores da Periferia de Osasco, Jackson Pauferro. Além da distância, o trânsito é um problema para quem mora nessas áreas mais afastadas.

O assistente de marketing Marcelo Correa, 23, por exemplo, diz demorar cerca de 35 minutos de carro entre sua casa, no bairro de Vila Nova Conceição, e o shopping União, que costuma frequentar.