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Vista para o parque do Ibirapuera custa até R$ 14 milhões

Raquel Cunha/Folhapress
Vista para o parque do Ibirapuera
Vista para o parque do Ibirapuera

Com mais de 1.500 m² de área verde, museus e equipamentos esportivos, o parque Ibirapuera é como um oásis em meio ao concreto do centro expandido de São Paulo.

As construtoras já perceberam isso há bastante tempo. "O mar de São Paulo é o Ibirapuera", diz Ricardo Yasbek, proprietário da incorporadora R.Yasbek, que passou a investir na região no final dos anos 1980.

Hoje, há 12 prédios novos com unidades disponíveis no entorno do parque, usado como chamariz para atrair novos moradores.

No vídeo de divulgação do edifício Bellini, localizado na rua do Livramento, o arquiteto João Armentano, responsável pelo projeto, diz que a fachada curvada do prédio "abraça o belíssimo parque" -a 470 m de distância do empreendimento. Com entrega programada para o próximo ano, o Bellini tem apartamentos com 608 m² de área útil e custa a partir de R$ 14 mi.

Um pouco mais distante do parque, o Live Ibirapuera, na Vila Nova Conceição, tem apartamentos de 57 m². com dois dormitórios, a partir de R$ 1,1 milhão. Um apartamento quase do mesmo tamanho no Morumbi pode sair pela metade do preço.

Bruno Santos/Folhapress
Área externa do Live Ibirapuera, na Rua Osório Duque Estrada, a 900 metros do parque
Área externa do Live Ibirapuera, na Rua Osório Duque Estrada, a 900 metros do parque

EXPANSÃO

A ausência de terrenos disponíveis para novos empreendimentos próximos ao parque fez com que as construtoras buscassem nos últimos anos oportunidades de investimento na "periferia" da Vila Nova Conceição (nas imediações da avenida Santo Amaro) ou do outro lado do parque, próximo ao clube Círculo Militar.

Um exemplo é a Zabo, que entregou há um ano o edifício Exact Vila Nova (65 m², a partir de R$ 1,2 mi). Luciano Graicer, diretor de incorporações da empresa, atribui o ritmo de vendas mais lento do que o esperado -11 unidades ainda estão disponíveis- às pequenas dimensões do apartamento.

"Visávamos um público composto por jovens casais, casais cujos filhos saíram de casa e divorciados, mas a região ainda é essencialmente procurada por famílias com dois ou três filhos", diz.

Do outro lado do parque, próximo à rua Curitiba, os imóveis também se valorizaram muito nos últimos anos e surgiram novos empreendimentos de altíssimo padrão.

Além da proximidade com o parque, contribuiu para a valorização o próprio perfil elevado dos prédios e a localização privilegiada.

Fábio Bittar, sócio-proprietário da Sólidi, responsável pelo Live Ibirapuera, afirma que a proximidade com o Jardins e com grandes vias de transporte, como a 23 de Maio, garante ao morador acesso fácil a uma rede consolidada de comércio.

A região atrai também executivos estrangeiros que vêm trabalhar em São Paulo. Cristina Santos, sócia da Emdoc, assessoria que acomoda executivos de outros países no Brasil, afirma que muitos deles escolhem a região do Ibirapuera para morar. "Eles podem fazer tudo a pé, e lá é arborizado, bonito e seguro", diz.

A sedução da área verde parece ir muito além propriamente do seu uso. Graicer tem a impressão de que "poucos dos moradores da região frequentam o parque assiduamente". "O simples fato de estar perto e ter a vista do Ibirapuera já predispõe as pessoas a pagar mais para morar ali", afirma.

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