Alphaville/Tamboré

'Saí da gaiola quando morei em Alphaville', diz Wanessa Camargo sobre o bairro

Bruno Poletti/Folhapress
A cantora Wanessa Camargo
A cantora Wanessa Camargo

Quando eu era criança, morava em um apartamento na Mooca (zona leste), tinha contato com poucas crianças e espaço limitado.

Aos 11 anos, quando me mudei para Alphaville, tive a oportunidade de ter uma infância solta na rua, apesar de estar dentro dos limites do condomínio. Senti que tinha sido libertada de uma gaiola.

A região foi escolhida pelos meus pais justamente por ter clima de interior, além de uma sensação de segurança. Você podia andar com seus filhos nas ruas sem medo -e até hoje é assim. Aqui não sou vista como celebridade. Sou a Wanessinha que cresceu no bairro. Todo mundo acaba se conhecendo.

Só é preciso haver um investimento maior em mobilidade, porque o trânsito na região é muito intenso nos horários de pico.

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Bruno Poletti/Folhapress
O apresentador Carlos Alberto de Nóbrega
O apresentador Carlos Alberto de Nóbrega

CARLOS ALBERTO DE NÓBREGA, 80, APRESENTADOR

Eu morava no Morumbi (zona oeste). Quando minha casa foi assaltada, fiquei com a ideia de que precisava de um lugar com mais segurança. Depois de alguns anos, me divorciei e me mudei para Alphaville. E lá se vão 20 anos.

Sou vidrado pela região. Aqui tem de tudo -mas ainda vou a São Paulo para cortar o cabelo. Só pretendo me mudar quando chegar a hora de ir para o céu!

Nunca tive problemas com meus vizinhos, posso caminhar com tranquilidade pelas ruas, ir ao centro comercial, que é muito bom. Costumo ir sempre ao shopping Iguatemi.

O único problema da região é o trânsito, principalmente nos horários de maior movimento, porque todas as vias desembocam em um lugar só. É preciso construir mais acessos para São Paulo.

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Bruno Poletti/Folhapress
A cantora Luciana Mello
A cantora Luciana Mello

LUCIANA MELLO, 37 CANTORA

Meus pais tinham um sítio na Granja Viana. Um dia decidiram sair de São Paulo, do bairro Indianópolis (zona sul), onde a gente morava, e viver na região do sítio em busca de tranquilidade e contato com a natureza. Fui junto. Faz 24 anos que moro aqui.

O mais bacana é que todo mundo se conhece. Participo ativamente da vida da comunidade e costumo fazer shows em eventos da cidade. Percebo que existe muita gente desenvolvendo diferentes projetos culturais, como teatro itinerante e circo para o o público infantil.

Aqui tem uma diversidade de parques, restaurantes e cinemas. Costumo frequentar o parque Cemucan, a pizzaria Basílica, Casa Clo e o Clube Pitangueiras.

E, se precisar ir a São Paulo por qualquer motivo, estou pertinho da cidade.

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Zanone Fraissat/Folhapress
A artista plástica Patrícia Dutra
A artista plástica Patrícia Dutra

PATRÍCIA D'UTRA, 40, ARTISTA PLÁSTICA

Vejo que a Granja Viana está cada vez mais ganhando prédios, se verticalizando. Quando me mudei, há oito anos, buscava o espaço e o silêncio que não existem mais na capital -muito menos no Itaim Bibi, onde eu vivia.

Decidi fazer a mudança porque a casa onde era meu ateliê em São Paulo foi vendida e precisei levar meu trabalho para dentro de casa. Como minha filha era pequena e não podia ficar em contato com as tintas, tive que buscar mais espaço.

Hoje moro num oásis. Vou ao Templo Zu Lai para meditar, frequento bons restaurantes e vou a locais como a Estação do Sino, República das Bananas, entre outros.

A cidade está crescendo e ficando cheia de prédios. É preciso haver um cuidado maior com a preservação das áreas verdes,

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