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Companhia de Danças de Diadema faz turnês internacionais e dá oficinas gratuitas

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Companhia de dança de Diadema. ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Companhia de dança de Diadema em espetáculo

A cidade de Diadema, na Grande São Paulo, mantém há 20 anos uma companhia de dança de nível internacional, algo raro até nas grandes capitais brasileiras.

A Companhia de Danças de Diadema, além dos prêmios recebidos, como o da Associação Paulista dos Críticos de Arte e o Prêmio Governador do Estado, e das turnês internacionais (a última, em 2014, foi em Paris), reúne em seu repertório obras de alguns dos nomes mais importantes da dança nacional.

A começar por Ivonice Satie (1950-2008), a grande mãe da companhia. Foi dela a ideia de começar um grupo profissional de dança fora do eixo São Paulo-Rio-Belo Horizonte, em 1995.

O projeto de Satie, que também foi diretora do Balé da Cidade de São Paulo e coreógrafa do Ballet du Grand Theatre de Genebra, era criar uma companhia em que os bailarinos fossem artistas-orientadores, levando dança para toda a população.

Satie começou a trabalhar com quatro bailarinos profissionais. As aulas para a população eram dadas em salas de igrejas e centros comunitários de Diadema.

O projeto ganhou força, e o elenco de bailarinos cresceu para dez pessoas. Em 2000, Ivonice e seus colegas criaram a Associação Projeto Brasileiro de Dança, que faz a ponte entre a companhia e seus patrocinadores –a Prefeitura de Diadema é a principal apoiadora.

"O carro-chefe da companhia é a dança contemporânea. É um gênero que nos permite usar nas coreografias referências culturais da população de Diadema. Isso nos aproxima das pessoas", afirma Ana Bottosso, diretora do grupo desde 2003.

Com essa linguagem, coreógrafos de várias partes do Brasil fizeram espetáculos para a companhia de Diadema. No fim do ano passado, nove deles foram convidados para montar a apresentação de 20 anos grupo, "Por+Vir". Cláudia Palma, Fernando Machado, Henrique Rodovalho, Luís Arrieta, Mário Nascimento, Pedro Costa e Sandro Borelli, além da própria diretora, assinaram a montagem.
aulas e festivais

A companhia mantém a relação estreita com a população da cidade. Atualmente, oferece oficinas de dança em dez centros municipais de cultura. As aulas, gratuitas, contemplam todos os estilos e todas as faixas etárias.
No fim do ano, todos os alunos se apresentam no Cirandança. O evento é realizado no Teatro Clara Nunes. no centro de Diadema.

No decorrer do ano, o grupo também realiza outros três projetos: Bailando na Cidade, Bailando em Família e Bailando nas Escolas.

O primeiro são apresentações da companhia profissional em espaços alternativos do município, incluindo praças e ruas. O Em Família reúne pais e filhos para a criação de uma dança coral. E o Bailando nas Escolas ensina princípios do trabalho corporal para professores e alunos das instituições.

ABCDANÇA

Além disso, entre julho e agosto, a companhia organiza o ABCDança. O evento, que chegou à sua décima edição no ano passado, reúne grupos e artistas de Diadema, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Paulo para apresentações e oficinas em todos esses municípios.

"É uma forma de movimentar a dança na região, formar público", diz Botosso.

Em alguns casos, pode atrair gente de fora. Enquanto alguns bailarinos saem da região em buscas de oportunidades profissionais nas grandes metrópoles, outros vêm de longe para dançar na companhia de Diadema.

Botosso, por exemplo, nasceu em Presidente Prudente (interior de São Paulo), formou-se e começou a carreira em São Paulo, mas foi atraída pelo projeto da companhia. No elenco atual, há bailarinos do Recife, de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro.

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