Perdizes/Vila Leopoldina

Região do Barulho: entorno da PUC-SP, na zona oeste, concentra festas, bares e xixi na rua

A rua Ministro Godói, localizada em frente à PUC-SP, sempre fica apinhada de jovens –a maioria, universitários –nas noites de quarta, quinta e sexta-feira.

Quatro bares em frente à universidade e carrinhos de comida concentram os estudantes antes e depois das aulas, além de visitantes que já conhecem a fama da rua, que fica com a calçada cheia de mesinhas e clientes com garrafas de cerveja aproveitando o som dos bares.

Entre os quatro estabelecimentos da rua fica a "Vilinha da PUC". Os moradores reclamam do som alto até o começo da madrugada e do lixo deixado em um dos portões de entrada das casas, onde uma faixa deseja bom começo de aula aos alunos e pede que parem de urinar na área e sujar o local.

A situação vem deteriorando a relação entre moradores, bares e estudantes.

"É uma falta de respeito. Quando tem festa, não dá para entrar ou sair pela rua. O pessoal força o portão, entra e vem fazer xixi na porta da nossa casa", reclama Marta Perretti, 54, representante dos moradores da comunidade conhecida como "Vilinha da PUC".

Segundo ela, de 2015 para cá, a situação mudou quando as atléticas da universidade passaram a fazer festas na rua Ministro Godói e os bares funcionarem até 1h. "Antes era um bairro tranquilo, os bares fechavam por volta das 22h", conta.

Dráusio Bandia, 38, sócio do Espaço 946 Hostel e Bar, afirma que alguns moradores não gostam do barulho, mas que assim que pedem para abaixar o volume, são atendidos.

A representante dos moradores conta que nos dias de pico a polícia sempre é chamada para acabar com o barulho depois das 22h.

Porém, para eles os piores dias são quando há festas realizadas pelos alunos.

Questionada sobre o problema com os moradores da região, a atlética de Relações Internacionais da PUC-SP afirmou que os moradores nunca vieram falar com eles. "Eles chamam a polícia, que só pede para abaixarmos o som, mas depois da meia noite normalmente não temos mais som alto", dizem em nota.

Sobre as garrafas de bebida deixadas no portão da vila e dos prédios no entorno, a atlética confirma que há a reclamação, mas que só vendem latas, e não são responsáveis pelo problema.

A representante dos moradores da vila afirma que eles estão se organizando com vizinhos de prédios no entorno para formar uma associação e tentar encontrar uma solução para o problema. Enquanto isso, já pensam em tirar a faixa do portão. "Estamos desiludidos", conta.

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