Santana/Casa Verde

'Aqui estão meus amigos e minha história', diz Paloma Bernardi sobre a zona norte

Bruno Poletti/Folhapress
A atriz Paloma Bernardi
A atriz Paloma Bernardi

PALOMA BERNARDI, 31, ATRIZ

Por toda a minha vida morei na zona norte: nasci em Lauzane Paulista, fui para a Vila Albertina e agora vivo na Casa Verde. Aqui estão minha família, meus amigos e minha história.
Tenho boas lembranças do colégio Salesiano, em que estudei, do Horto Florestal, onde meu pai me levava para brincar, e de quando ia ao cinema com minha mãe no shopping Center Norte.
Hoje, frequento vários restaurantes da região, como o mexicano Los Bigotes de Frida e a churrascaria Costellone. Precisamos valorizar nossa gastronomia, nossos parques, e atrair mais as pessoas para a zona norte. Aqui também é bacana de viver.

Robson Ventura/Folhapress
Luiz Eduardo Fernandes, dono do bar do Luiz Fernandes, com sua mãe, Idalina Amaro Fernandes
Luiz Eduardo Fernandes, dono do bar do Luiz Fernandes, com sua mãe, Idalina Amaro Fernandes

LUIZ EDUARDO FERNANDES, 50, DONO DE BAR

Gosto daqui porque a qualidade do ar é boa, as ruas são arborizadas. Também estamos perto da serra da Cantareira e do Horto Florestal -onde costumo fazer caminhadas em família. Mesmo em tempos modernos há um jeito de cidade de interior, as pessoas se cumprimentam.
Santana, onde nasci e moro, é um bairro em que podemos caminhar em segurança, resolver tudo a pé: temos uma localização privilegiada, há variedade de escolas, comércio, bancos, restaurantes, cultura... E o metrô, que possibilita um deslocamento rápido para a região central.
Há 46 anos minha família tem seus clientes aqui, nos nossos três bares.

CELSO L. MARTINS, 56, DIRETOR DA ESCOLA IMPÉRIO DE CASA VERDE

A Casa Verde, onde nasci e moro até hoje, é um bairro tranquilo, que adota a todas as nacionalidades e crenças -talvez por estar próximo ao marco zero da cidade- e mantém um clima de interior. É um privilégio estarmos ao lado da serra da Cantareira.
O que mais gosto na zona norte é dos espaços culturais, das praças, clubes e rodas de samba. Costumo ir ao Vila do Samba e ao Horto Florestal fazer minha corrida do dia a dia, andar de bicicleta.
Vi o bairro crescer, não me vejo em outro lugar. Participo ativamente da vida da comunidade e só acho que, para tudo ficar ainda melhor, falta metrô ou trem e uma recuperação dos rios.

Raquel Cunha/Folhapress
O grafiteiro Binho Ribeiro
O grafiteiro Binho Ribeiro

BINHO RIBEIRO, 44, GRAFITEIRO

No Tucuruvi existe a vantagem de viver em praticamente uma minicidade: temos uma independência de não precisar tanto ir a outras regiões. Há fácil acesso a bares, restaurantes, shoppings, metrô... E gosto muito da proximidade com a serra da Cantareira, da segurança.
Costumo ir a restaurantes como Celeiro da Fazenda, Mocotó... Moro no bairro desde que tinha um ano e hoje vejo uma mistura muito étnica, contato com o hip hop, grafite, diversos murais... É um dos maiores representantes da cultura na cidade -ainda que falte comunicação em comunidade, pois muitos não conhecem os grandes artistas por aqui.

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