Nem só de Alphaville e Tamboré é feita Santana de Parnaíba. Além dos conhecidos condomínios de luxo, a cidade também oferece opções de imóveis econômicos (até R$ 399 mil), mais próximos do centro histórico e rodeados por áreas verdes.

Foi nessa região, no residencial Vila Parque, a 6 km do centro, que o marceneiro João de Carvalho, 45, comprou um apartamento. "Para mim, o mais importante era a segurança. Onde moro, em Itapecerica da Serra, já fui assaltado três vezes", conta.

Em Santana de Parnaíba, ele encontrou um jeito financeiramente viável de viver em um condomínio fechado. "Cheguei a ver outros locais, mas eram muito caros", diz. No Vila Parque, o metro quadrado sai em média R$ 4.300.

O prédio, que fica pronto em 2017, terá quadras esportivas, piscinas e uma ciclovia de 2 km ao longo de uma área verde de cerca de 400 m².

A oferta de prédios na região, no entanto, ainda é baixa. Segundo levantamento da consultoria Geoimovel, apenas três empreendimentos construídos nos últimos cinco anos têm imóveis à venda.

Mas a tendência é que surjam novos edifícios, afirma Ricardo Leal, professor de pós-graduação em Negócios Imobiliários da Fundação Armando Alvares Penteado: "Nos últimos três anos, muitas empresas se deslocaram para lá, trazendo gente".

A valorização já é perceptível. Quando o condomínio Jardim Santana de Parnaíba foi planejado, o público-alvo imaginado viria do programa Minha Casa, Minha Vida.

"Mas a região acabou se valorizando nos últimos dois anos e o público mudou", diz Bruno Fakiani, diretor da FYP Engenharia, responsável pelo residencial, que tem imóveis de dois dormitórios vendidos a partir de R$ 228 mil.

O empresário Rafael Kobayashi, 26, percebeu o bom negócio: ele comprou uma unidade no condomínio, mas, no final, decidiu usá-la para aluguel. "A cidade tem crescido muito", afirma.

	Luciana Serra/Folhapress
	Quarto decorado do edifício Vila Parque, na Vila Poupança

DA CAPITAL

Assim como outras cidades da Grande São Paulo, Santana de Parnaíba também recebe muitos paulistanos em busca de imóveis maiores e mais baratos.

É o caso do lojista Leandro Corrêa, 37. Às vésperas de ter seu primeiro filho, ele e a mulher decidiram se mudar da Mooca, na zona leste da capital, para o Vila Parque. "É um bairro fechado, oferece uma vida com muito mais tranquilidade e segurança", afirma.

Os moradores da capital representam entre 30% e 35% dos compradores do condomínio, segundo Luiz Fernando Bueno, diretor da NS Construtora e Incorporadora. A maioria vem das zonas oeste e norte. Moradores de Osasco e Barueri também integram o público-alvo. "A maioria são pessoas entre 25 e 40 anos que estão adquirindo seu primeiro imóvel", diz.

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