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Tatuapé/ABCD

Quadrilátero no Brás reúne de pai de santo a pastor

Bruno Santos/ Folhapress
Reflexo da paróquia São João Batista do Brás na porta espelhada do Templo de Salomão
Reflexo da paróquia São João Batista do Brás na porta espelhada do Templo de Salomão

O colossal Templo de Salomão e as muitas igrejas evangélicas que se sucedem na avenida Celso Garcia podem sugerir o contrário, mas o Brás é de todos os santos.

A poucas quadras do templo, erguido pela Igreja Universal do Reino de Deus no ano passado, pode-se encontrar uma igreja católica, uma catedral ortodoxa grega, um colégio muçulmano e um centro de umbanda.

A proximidade, afirmam os fiéis, não gera atrito, mas tampouco estimula a convivência. A católica Hevilaine Pereira da Silva trabalha na Paróquia São João Batista do Brás, em frente ao Templo de Salomão, mas nunca visitou a construção de 100 mil m². "Não tive vontade, juro."

"É cada um no seu quadrado", resume Ioannes Petros, 30, brasileiro filho de grego que trabalha como secretário na Catedral Ortodoxa Grega da Rua Bresser.

Há, porém, os que aproveitem a proximidade física entre os templos para experimentar diferentes credos.

"Conheço gente que mistura tudo: vai na igreja católica e na umbanda. Eu não gosto, não, porque aí não dá para saber o que está ajudando", disse uma adepta da umbanda, 60, que não quis se identificar. Ela deixou o catolicismo há 20 anos, depois de ir à Irmandade Espiritual Estrela de Deusa Lunar, que frequenta até hoje.

"Pra mim, é Deus, Jesus e Xangô me guiando", diz.

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