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Santana/Guarulhos

Construção de shopping valoriza imóveis no Tucuruvi

Foram quase dois anos de obras e interdições para os moradores da rua Paulo de Faria, no Tucuruvi. Paralela ao local onde hoje fica o shopping Metrô Tucuruvi, inaugurado em 2013, a via foi uma das que mais sofreram alterações durante a construção do centro comercial.

Apesar do transtorno, de acordo com Luiz Kechichian, presidente da imobiliária Mirantte, a construção do centro comercial atraiu novos empreendimentos e valorizou em até 25% os preços de imóveis. "Ocorreu até uma mudança das finalidades de uso de muitos deles, de residencial para comercial ou prestador de serviços."

Com a inauguração do Metrô Tucuruvi e do Tietê Plaza, há pouco mais de dois anos, a zona norte tem hoje cinco shoppings, número muito inferior ao de outras partes da cidade (na zona sul, por exemplo, são ao menos 27).

Essa disparidade levou os moradores a elegerem a falta de shoppings como um dos maiores problemas da zona norte, na última edição da pesquisa DNA Paulistano, do Datafolha, realizada em 2012.

"Foi bom construírem novos shoppings, mas acho que ainda falta. Onde vivo não tem nada", afirma Conceição Ribas, 47, moradora do Jaçanã, que diz levar 25 minutos de carro para chegar aos shoppings Metrô Tucuruvi ou Guarulhos, que ficam mais perto de sua casa.

Em 2016, ela poderá ter outra opção: há a perspectiva de inauguração do Cantareira Norte Shopping, no bairro Parada de Taipas.

Público não deve faltar. O shopping Center Norte, primeiro a ser construído na região, em 1984, recebe cerca de 80 mil visitantes todos os dias, 83% vindos das redondezas, segundo o diretor-superintendente do centro comercial, Ricardo Afonso.

"Com a dificuldade de mobilidade que existe em São Paulo, é normal que cada vez mais pessoas procurem morar perto de centros de lazer e de comércio", afirma.

Não é à toa que muitos empreendimentos anunciam que estão "a apenas cinco minutos do shopping".

IMPACTO

Para que o shopping Metrô Tucuruvi entrasse em funcionamento, foi necessário construir uma rotatória e alargar vias no entorno.

Segundo o aposentado Jorge Bahia, 61, que acompanhou tudo de perto, o trânsito se tornou caótico na região durante os horários de pico, mesmo com as mudanças.

Além disso, dois dos três terminais de ônibus que deveriam ter sido construídos para desafogar o trânsito nunca entraram em funcionamento. Os locais, segundo a prefeitura, se tornaram paradas de ônibus comuns.

Mesmo com os problemas, Bahia diz que ainda faltam pontos comerciais na zona norte, principalmente no Parque Vitória e no próprio Tucuruvi.

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